Veja a matéria completa sobre Neste ano, 186 transplantes aconteceram a partir do sangue de cordão umbilical e fique por dentro de como cuidar da sua saúde.

Até setembro de 2017, mais de 23 mil unidades de cordão umbilical foram armazenadas nos bancos púbicos especializados no sangue dessa estrutura. A preservação dos cordões umbilicais já rendeu mais 186 transplantes neste ano no Brasil, conforme informou o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
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Apesar de não ser tão divulgada, a técnica pode ajudar a tratar mais de 80 doenças por meio de transplantes de células-tronco hematopoéticas que estão presentes no sangue do cordão umbilical
e são fundamentais para pacientes que necessitam de transplantes de medula óssea.
A pediatra e neonatologista Marily Soriano, do Hospital Santa Luzia, em Brasília explica que “o transplante de medula óssea
é indicado como tratamento de diversas doenças, como leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas e mieloma múltiplo”.
Para isso, o sangue da ligação física entre a mãe e o bebê é coletado logo após o nascimento da criança. O procedimento acontece na sala de parto mesmo, logo depois da mãe dar à luz, e não provoca dor e nenhum comprometimento à saúde da mãe ou da criança.
No Brasil, os bancos públicos são responsáveis por obter, realizar exames, processar, armazenar e fornecer as células-tronco hematopoéticas presentes no sangue recolhido. O uso terapêutico desse material segue as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fica disponível para os pacientes que necessitarem desse tipo de tratamento.
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Caso a família queira guardar as células-tronco apenas para uso próprio, é necessário que contrate o serviço na rede particular.
De acordo com a Anvisa, o Brasil conta, atualmente, com 13 bancos públicos e 19 bancos privados em atividade. Entre 2013 e 2016, foi observada uma tendência de diminuição no número de unidades coletadas e armazenadas pelos bancos. A queda nas coletas foi de 48% para o setor privado e em torno de 30% para o setor público.
Adesão
Para ter acesso ao procedimento da rede pública é necessário que a gestante faça o parto em maternidades que estão previamente selecionadas pela Rede BrasilCord, responsável pelos bancos.
Nesses espaços, as grávidas são abordadas nos ambulatórios de pré-natal e no pré-parto para conhecerem a técnica. Caso haja o consentimento da mãe para fazer a doação, formulários com informações pessoais, da gestação do parto e do recém-nascido são coletados, além da assinatura garantindo a liberação da coleta do cordão umbilical.
Os centros de saúde que realizam o procedimento e compõem a Rede Brasil Cord são: o Inca, no Rio de Janeiro; os Hospitais Albert Eisntein e Sírio Libanês, em São Paulo; além dos hemocentros de Campinas, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Recife, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis.
*Com informações do Ministério da Saúde
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